terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Susto, a Risada!

Nossa Bebezão! Que susto!
E eu que me orgulhava e ainda me orgulho, da Mamãe ter tido uma gravidez sem sustos, sem hospitais... “nuossa”, agora dá até vontade de rir, aliás, estou escrevendo e rindo, ainda bem, graças a Deus, a Nossa Senhora das Graças e ao Dr. Bezerra de Menezes (como pedi pra eles!)
Mas vamos a história:
Era por volta das 9 horas da manhã, mais um dia normal de trabalho, deixei sua mãe no escritório e fui trabalhar.
Primeira coisa estranha, a mamãe me ligou no telefone fixo, não me chamou no rádio, a voz dela já estava meio diferente, pelo “alô”, já comecei a desligar meu computador, a recolher as minhas coisas da mesa, quando ela falou que estava passando mal, de novo – é Bebezão, de novo, em uma semana, foram três crises destas de pressão baixa, com um detalhe, as duas últimas, em dois dias seguidos – ah, desliguei o telefone de pé, com minha mochila nas costas.
Só eu e Deus, sabemos como eu dirigi nesta Ayrton Senna, com os faróis altos acessos, o pisca alerta ligado, cortava os carros pelo meio fio, como as motos sabe?
Acho que dirigi uns 25 km em menos de 10 minutos!
Mas foi só até chegar à ponte do Tatuapé, putz, tudo parado! Não adiantava buzinar, acelerar, nada, ninguém saia da frente.
Eis que olho pro lado e vejo, uma viatura do corpo de bombeiros, um Santanão, vermelho, tipo os modelos 2003 (sei por que o nosso tio Buco tinha um desses), ah, não pensei duas vezes, colei do lado deles, abaixei o vidro, e falei:
“Minha esposa está grávida, me ligou que não está passando bem, estou indo buscá-la pra levar no pronto-socorro – por favor, abram o trânsito pra mim!”
Olha Bebezão, não quero passar por isso de novo, mas se eu não estivesse tão preocupado com você e com a mamãe, teria sido genial, imagina? A viatura abrindo caminho no trânsito, sirenes piscando e o papai lá, atrás dos caras pra pegar vocês.

Chegamos rapidinho no escritório da mamãe, quando entramos na avenida liguei pra ela:
Eu: “Oi Dri, onde você está?”
Mamãe: “Tô aqui em cima, você já chegou?”
Eu: "Chegamos”
Mamãe: “Como assim? chegamos?”
Eu: “É, eu parei uma viatura dos bombeiros...”
Mamãe: “Ai Rodrigo, eu não acredito que você está aqui com bombeiro”
Eu:
(é isto mesmo, silêncio, nem falei nada, o que eu iria falar? Se precisasse, eu chegava lá com 82 viaturas – Sou exagerado mesmo, você sabe né Bebezão)

Enfim, ela desceu e os dois bombeiros abençoados, foram embora, então levei a Mamãe, mais devagar do que fui buscá-la, até o pronto socorro.
Mesmo assim, eu ainda estava tenso, a Mamãe também, preocupada, mas parece que nenhum dos dois queria mostrar sabe? Para um não deixar o outro mais nervoso.
Chegamos ao pronto socorro, deixei a Mamãe na porta e fui estacionar o carro (detalhe, foram quatro reais, nem eu nem a Mamãe tínhamos dinheiro, o estacionamento não tinha maquininha de VISA, aí, dei um cheque... (talvez quando você ler eu precise te explicar o que é cheque – hoje quase não usamos mais, imagina daqui uns 4, 5 anos) de 10 reais, aí ele deu troco, hahahahahaha.

Mas antes disso...

Deixei o carro e fui ver a Mamãe, ela estava lá, sentada, com a senha na mão, aguardando... Eu não acredito, estamos grávidos, não pegamos mais fila, não penamos mais pra para o carro no shopping, aí ela passando mal, fica esperando a vez dela...só a Mamãe viu?
Peguei a senha, fui lá falar pro cara:
“Olha, ela está grávida, não passou muito bem, piriri, pororó...”
Pronto, passou na frente...e não adiantou nada (hahahahaha) mandou a gente lá pra cima, no outro PS, só das Mamães grávidas, sabe?
Aí não tem jeito, não tem atendimento preferencial, estão todas grávidas, né?
Esperamos nossa vez, tensos, mas esperamos.
Fomos atendidos super bem, quando entramos na sala do Doutor, ele fez as perguntinhas de rotina pra Mamãe, ela falou do mal estar que havia sentido e ele disse:
“Mãe, o que causa este mal estar é a posição do bebê no seu barrigão (barrigão eu que falei, rsrsrs), se o seu Bebê, no caso você, não mudar de posição, você vai sentir isto a gravidez inteira”.
Ele nos explicou que possuímos uma artéria, que não me lembro o nome agora, mas vou pesquisar para deixar nossa história bem detalhada, que atravessa nosso corpo inteiro, pela vertical, do lado direito, e como você bebezão, se mexe muito, nestas mexidas, você pode ficar sobre a artéria, e ela pode se comprimir, reduzindo assim os níveis de sangue, para você e para a Mamãe. Daí a queda de pressão, o mal estar e a ânsia de vômito que a Mamãe sentiu.
Mas a natureza é mesmo sábia não é mesmo? Quando a Mamãe sentia este mal estar, você se mexia muito, muito, e isto nos preocupou bastante, mas sabe por que você se mexia assim? Exatamente para poder sair do lugar, sair de cima da artéria comprimida!
É, meu Bebezão inteligente!

O Doutor Não Me Lembro o Nome, deitou a Mamãe na cama, com o barrigão pra cima e mostrou como o Papai deve fazer quando ela se sentir assim de novo.
Nuossa” 2! Eu, todo cuidadoso com o Barrigão quando vou passar os creminhos né? Ele apertou todo o lado direito do Barrigão, parecia até que o dividiu no meio e te colocou todo do lado esquerdo, muito engraçado, mas fiquei aflito, confesso.
Depois examinou, colocou o microfone, alto-falante, sei lá como chama aquele aparelhinho e conseguimos ouvir o seu coraçãozinho, ou melhor, coraçãozão, como bate! Deus te abençoe!

Então pudemos voltar ao trabalho, tranqüilos, ao saber que vocês dois, estavam bem, se bem que, na verdade, acho que ele ficou mais preocupado com o Papai do que com a Mamãe, pois na hora em que nos despedimos dele, ele falou:
“Ah, agora sim voltou à cor dele (no caso, eu), quando vocês entraram aqui, ele estava branco”.

Pois é, e graças a Deus, voltamos para o trabalho, após uma manhã diferente, de susto, mas que terminou em muitas risadas.

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