terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Mea Culpa

Este texto pode causar alguma polêmica, não só para os leitores, mas para mim, com o meu rei Filipe quando ele já estiver lendo e entender o que eu sinto (ou melhor, sentia) quando escrevia isto para ele.

Tanto você quanto a Millena, sabem da alegria que tive e o que revolucionou a minha vida receber a notícia que a mamãe estava grávida pela primeira vez, não vou ser redundante e ao extremo e escrever tudo novamente, não.

Quando soube da chegada do Filipe, minha alegria não foi diferente, ou melhor, foi...

A começar por sua chegada, que ao mesmo tempo que foi planejada, também não foi.

Desde quando namorávamos, eu e a mamãe falávamos e ter um moreninho (eu achava que sua irmã seria a moreninha e veio loirinha – portanto, há grandes chances de você ser um moreninho) e uma loirinha (não nesta ordem), mas sabe como é, papo de namorados, quem prevê o futuro?

Mesmo assim, foi meio sem pensar que você foi concebido, Fi.

E como já escrevi aqui em posts mais antigos, você chegava em um momento diferente de nossas vidas, um apartamento diferente, uma nova adaptação a uma série de coisas, como trabalho, grana, enfim, coisas de adulto e que você nem deve se preocupar agora.

Talvez o meu senso de responsabilidade não tenha deixado eu ficar tão eufórico, talvez eu já estivesse pensando como pagar duas mensalidades escolares, duas aulas de natação e ter tudo dobrado em casa.
Como comprar dois carros aos 18 anos de vocês, dois apartamentos, pagar duas faculdades...

Sua tia Téta me falou uma coisa ontem e é verdade, o amor é a única coisa que podemos ter e oferecer muito, a todos, sem medir e dividir.

Pois é, chegamos no ponto que dá título a este post, esta é a minha maior preocupação, uma coisa que me alucina e me deixa culpado demais, Fi.

Como amar alguém com tanta intensidade, com tanta força como amo a Millena?

Pais de dois, ou mais filhos, me acham ridículo ao falar sobre isso e me avisam:

espere ele nascer, você vai ver, outra chavinha vai virar em seu cérebro”.

Não tenho dúvidas, filho, até escrevendo agora, já me imagino com você no colo e me oferecendo tudo isto em dobro.
 
 

Então façamos o seguinte, em Maio, você nasce, até você aprender a ler estas bobagens todas de um pai aflito, já se passarão por volta de uns 4, 5 anos e saberá que, sem dúvida alguma, te amei demais nestes anos e te amarei por muito e muitos, outros, com certeza além de minha vida.
 
Vou deixar um espaço de comentários exclusivo para você, daqui alguns anos me avisar o quão errado eu estava.

Combinado?

2 comentários:

  1. Nem sempre o amor é instantâneo, quando liam nasceu, tudo aquilo que eu achava que era amor pareceu nada comparado ao que senti quando tive ele nos braços, era um amor palpável, alí na minha frente e pequenininho, morro de preocupação de um dia nao conseguir amar todos da mesma maneira, mas quer saber? Acho que realmente coração de mãe é maior que o maracanã e cabe todos!

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  2. NÃO SE PREOCUPE FILHO O NOSSO MENINO VAI CHEGAR E COMPLETAR A FELICIDADE QUE VOCÊ COMO UM FILHO DEDICADO,AMOROSO,O FILHO QUE TODA MÃE GOSTARIA DE TER MERECE.O FILIPE VAI SER PARA VOCÊ O QUE O MEU RODRIGO É PARA MIM O MEU MAIOR ORGULHO . EM TEMPO MILLENA VOCÊ É E SEMPRE SERÁ NOSSA PRINCESA ADORADA!

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