domingo, 11 de setembro de 2011

Era uma vez.

Filha, ontem quando cheguei da aula, ganhei a missão de fazer você dormir para a mamãe, não, missão não, um presente!

Você já tinha mamado, era só te ninar e pronto, mas tinha que ter uma estória, e então, me lembrei de uma estória de uma anjinha linda que era mais ou menos assim:

Era uma vez uma anjinha que morava lá em cima, em uma nuvem linda, ao lado do Mestre, do Papai do Céu.

E ela ficava lá de cima imaginando quando seria o dia que ela poderia descer e viver sua vida aqui embaixo, assim como ela via lá de sua nuvem de algodão.

Há alguns anos, mais precisamente em 1976, ela acompanhou de sua nuvem o nascimento de um menino e 3 dias depois, de uma menina.

Ela ainda não sabia por que, mas resolveu acompanhar a partir daquele dia como seria a vida destas duas crianças, talvez para aprender um pouco mais sobre como seria quando ela viesse morar aqui, isto se Papai do Céu, deixasse, é claro.

Ela seguia os passos dos dois, sabia que a menina adorava crianças, pois até professora de uma escola infantil ela foi. O menino, como todo garoto, adorava jogar bola na praia, pois passou sua infância lá. Eram estudiosos, a menina, um pouco mais que ele, mas o menino também tinha notas boas e nunca, nenhum deles, deram trabalho para seus pais, cresceram, viraram adultos e começaram a trabalhar, com um “Q”de Eduardo e Mônica, se conheceram, mas em uma agência de publicidade e lá engataram um namoro.

Um tempo depois, aquele menino e aquela menina compraram uma casinha e mesmo sem geladeira, fogão ou máquina de lavar, nem armário para roupa, não esperaram nem mais um dia para irem juntos pra lá.

Foi quando a anjinha pensou: “É lá que quero morar, adorei aquela piscina” – Afinal, de sua nuvem, caia água, mas ela nunca tinha sentido a sensação tão gostosa quanto ela poderia imaginar ao ver as pessoas nadando aqui embaixo, ela estava sempre em cima dela!

Foi quando ela decidiu utilizar suas asinhas e voou até um portão imenso, todo dourado e cheio de anjos, que tocavam flautas, não harpas, flautas, como aquela do Ian Anderson, do Jethro Tull.

Lá morava o Mestre!

Os anjos deixaram a anjinha entrar, já sabiam qual era seu desejo.

Ela com a licença Dele, entrou em um lindo salão, iluminado e tranqüilo, e rodeado com mais anjos musicistas, ela chegou ao lado do Papai do Céu e disse:

“Papai do Céu, escolhi meu papai e minha mamãe na Terra, é lá ó, lá naquela casinha que eu quero morar, o senhor deixa?”

A resposta Dele não foi a que a anjinha esperava.

“Não anjinha, ainda não é a hora, eles tem que merecer ter você com eles lá embaixo, você vai ter que esperar”.

A anjinha entendeu, aceitou o que o Mestre lhe dissera, mas mesmo assim voltou para sua nuvem com algumas lágrimas naqueles lindos olhinhos, que a partir daquele dia, acompanharam ainda mais os passos daqueles dois, torcendo para o dia em que o Papai do Céu, a autorizasse a conhecer a piscina que ela tanto gostou lá de cima.

Alguns anos se passaram, o menino e a menina nem se davam conta que estavam sendo “monitorados” por uma anjinha e que tinha neles dois, um exemplo.

Trabalhavam duro, mas tinham bastante amigos, se divertiram e viajaram muito, conseguiram até realizar dois sonhos, conheceram o Maracanã em dia do jogo do São Paulo contra o Flamengo e viajaram até a Argentina para passear e fazerem compras.

Aproveitaram, de muitão.

Foi aí que o Papai do Céu resolveu chamar a anjinha, afinal, depois daquele dia, ela nunca mais voltou para falar com ele, sabia que tinha que aguardar o momento que Ele já lhe havia pedido.

Dois anjos, daqueles com flautas, foram até a nuvem da anjinha, com um recado do Mestre, que dizia:

“Anjinha, agora você vai poder conhecer o mundo lá embaixo, chegou a hora”.

Sim, e esta hora foi as 14:55, do dia 14 de maio de 2011, enviada do céu, por Deus, chegou em nossas vidas uma anjinha chamada Millena Maria Morelli.

O que será que estes dois fizeram de tão bom nesta vida para merecer uma benção tão grande?


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