Muitas vezes, utilizamos o nosso tamanho, nossa idade,
nossas experiências de vida, como medida, como um tolo comparativo para as
diversas situações da vida, e diante de tudo isso, sermos melhores – ou não –
que os demais, confuso? Eu explico.
Tenho 41 anos, já vivi algumas situações que me deram certas
experiências de vida, seja profissionalmente, pessoalmente...
Mas isso passa longe de dizermos que um jovem recém-formado,
por menos experiência que tenha, não possa assumir responsabilidades, tanto
profissionalmente, quanto em sua vida pessoal.
O peso pode ser diferente, mas nós temos que nos habituar a
não subestimar a “pouca idade” ou a “menor experiência”, não só destes jovens,
mas principalmente, de nossas crianças.
Sim, crianças!
Vivemos em um mundo tecnologicamente avançadíssimo, onde o
acesso a informação é cada vez mais rápido e fácil e o que a poucos 10 anos
atrás parecia utopia para a minha geração, hoje está literalmente na ponta dos
dedos destas crianças, ou dos experientes (sim, experientes) garotos de 2º e
poucos anos.
Escrevo tudo isso para exaltar a coragem desta geração Y.
Dia destes, no primeiro dia de aula de Millena e Filipe, o meu casal de corajosos - ao chegarem no portão de sua nova escola, depois do meu beijo de
tchau, deram a mão para, também nova, professora, e foram de cabeça erguida,
para uma nova fase da vida deles, sem nem sequer olhar para traz!
Jovens recém-formados já saem da Universidade com este
espírito, ou melhor, talvez por terem entrado na escola de educação infantil
sem olharem para traz, como os meus pequenos, já carregam consigo esta coragem,
que só aumentará ao longo de suas vidas.
Não tive esta coragem na minha infância, talvez também não a
tenha encontrado até quando saí da Universidade, mas eles...ah, como são
corajosos!